Depois de uma tarde em que houve competição em busca do troféu "Peixe fora d'água", algumas reflexões ficaram.
A professora Guillermina disse ontem que os adolescentes e as crianças vivem cercados de centenas de estímulos diferentes, na casa, em seu quarto e conseguem controlar todos eles. Quando chegam na escola, só tem um professor falando, a lousa e o giz.
Ótimo, sabemos que as mídias são importantes, são aliadas. Ok, usar as diferentes linguagens para ensinar. Concordo e tentei colocar em prática tudo isso.
Mas acho que às vezes esquecemos do mais importante. Se os alunos vivem o tempo todo grudados no orkut, MSN, manipulam bem seu MP9, produzem vídeos e os colocam no youtube, tocam algum instrumento, etc., etc., será que a escola não tinha o DEVER de oferecer outras opções para os meninos e meninas?
Não se trata de voltar a fazer o que sempre fez, porque ficar de blá-blá-blá estéril também não é bom.
Penso em olho no olho, debate, relação humana, diálogo, disputa de idéias, conversa, ajudar o colega do lado e ser ajudado por alguém que veio no quadro e errou a resposta de uma questão. Se estamos mesmo na tal "sociedade da informação", será que a escola não deveria ser a guardiã da troca HUMANA, do hábito prazeroso de passar horas debruçado sobre um texto e depois discuti-lo com alguém. De exercitar o cérebro em comunhão com os outros? De resolver um exercício matemático e verificar que seus colegas conseguiram por um caminho diferente do seu?
Tenho pensado muito nas relações entre o afetivo, o diálogo, a utopia e o transcendente. Não sei quase nada ainda sobre isso. Só me parece que a escola possa ser um núcleo de resistência nesse sentido.
Para isso? Professores que tenham em suas mãos o conhecimento acima de tudo, salas de aula com poucos alunos, espaços confortáveis para debate, leitura e busca de informações, flexibilidade de horários...
Acho que isso custaria menos do que aparelhar todas as escolas do Brasil com salas de informática. OU não, pois turmas menores demandariam mais espaços. Mas nada de ficar construindo salas de aula em formato de cela de prisão. Chega de escolas-presídio. Se as escolas fossem construídas e mobiliadas em torno da premissa de que temos de estar confortáveis para sentar, ler, movimentar nossas cadeiras em direção aos diferentes colegas e debater, além de buscar informações nos mais diversos meios, acho que seriam muito melhores.
Ah, a utopia. Não sei se o blog era o lugar pra isso. Só um desabafo. Falo demais.
A professora Guillermina disse ontem que os adolescentes e as crianças vivem cercados de centenas de estímulos diferentes, na casa, em seu quarto e conseguem controlar todos eles. Quando chegam na escola, só tem um professor falando, a lousa e o giz.
Ótimo, sabemos que as mídias são importantes, são aliadas. Ok, usar as diferentes linguagens para ensinar. Concordo e tentei colocar em prática tudo isso.
Mas acho que às vezes esquecemos do mais importante. Se os alunos vivem o tempo todo grudados no orkut, MSN, manipulam bem seu MP9, produzem vídeos e os colocam no youtube, tocam algum instrumento, etc., etc., será que a escola não tinha o DEVER de oferecer outras opções para os meninos e meninas?
Não se trata de voltar a fazer o que sempre fez, porque ficar de blá-blá-blá estéril também não é bom.
Penso em olho no olho, debate, relação humana, diálogo, disputa de idéias, conversa, ajudar o colega do lado e ser ajudado por alguém que veio no quadro e errou a resposta de uma questão. Se estamos mesmo na tal "sociedade da informação", será que a escola não deveria ser a guardiã da troca HUMANA, do hábito prazeroso de passar horas debruçado sobre um texto e depois discuti-lo com alguém. De exercitar o cérebro em comunhão com os outros? De resolver um exercício matemático e verificar que seus colegas conseguiram por um caminho diferente do seu?
Tenho pensado muito nas relações entre o afetivo, o diálogo, a utopia e o transcendente. Não sei quase nada ainda sobre isso. Só me parece que a escola possa ser um núcleo de resistência nesse sentido.
Para isso? Professores que tenham em suas mãos o conhecimento acima de tudo, salas de aula com poucos alunos, espaços confortáveis para debate, leitura e busca de informações, flexibilidade de horários...
Acho que isso custaria menos do que aparelhar todas as escolas do Brasil com salas de informática. OU não, pois turmas menores demandariam mais espaços. Mas nada de ficar construindo salas de aula em formato de cela de prisão. Chega de escolas-presídio. Se as escolas fossem construídas e mobiliadas em torno da premissa de que temos de estar confortáveis para sentar, ler, movimentar nossas cadeiras em direção aos diferentes colegas e debater, além de buscar informações nos mais diversos meios, acho que seriam muito melhores.
Ah, a utopia. Não sei se o blog era o lugar pra isso. Só um desabafo. Falo demais.
Um comentário:
Sabe Carol, além de debater isso na sala de aula na universidade tenho debatido isso no meu estágio, a escola hoje em dia é um saco, o mundo lá fora é mto mais interativo e interessante pro aluno ele nao quer ficar ouvindo a gente flar, pq tud o que ele faz parece mais interessante, entao o negocio é tratar de algum mudo que a escola volte a ser um lugar de aprendizado, de interesse, mas me diga como? se o sistema nos leva a escolas medievais!!!!!!
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