Sempre o assento na janela, que é para ver Porto Alegre se afastar em poucos segundos.
Gado no pasto - banhado.
Estradas retilíneas.
Montanhas de lixo.
Telhadinhos telhadinhos telhadinhos
Um olho em Proust, quase eterno companheiro de voo, outro no Guaíba rio-lago ao largo.
Passam pássaros e aviões, você passa em casa?
Tô te esperando.
Quando?
Vamos marcar?
Tem certeza?
Vivendo perigosamente por mais noches locas. E, para finalizar, pensamento mais refinado do que o bom e velho "um amor em cada porto" (ou aeroporto?):
"Qu'importe le flacon pourvu qu'on ait l'ivresse !"
(Augier, apud PROUST, Marcel. A la recherche du temps perdu. Le côté de Guermantes. Paris: Omnibus, 2011, p.1187).
Reflexões e observações das cidades de interior em que vivi. Reflexões e observações sobre Mi Poa Querida. Estamos "perto e longe demais das capitais" e ainda não sei se eu gosto ou não gosto disso. 38 anos experimentando, e quem sabe mais alguns por descobrir. Vale também reflexões sobre meu próprio interior, ou outros interiores que observo por aí. Treinamento de olhares e silêncio.
quinta-feira, 16 de março de 2017
sexta-feira, 10 de março de 2017
A little peculiar
Uns olhos que parecem tristes mesmo quando dizem que estão felizes.
Talvez porque estejam mais lá no fundo
E há sempre uma sombra.
Eu tô bem, juro.
Mas é claro que não e que sim.
Viver dialeticamente é viver perigosamente?
And I say hey yeah yeah I say hey
What's going on?
Talvez porque estejam mais lá no fundo
E há sempre uma sombra.
Eu tô bem, juro.
Mas é claro que não e que sim.
Viver dialeticamente é viver perigosamente?
And I say hey yeah yeah I say hey
What's going on?
sábado, 4 de março de 2017
Eu tô ficando velha eu tô ficando louca
No interior que não é meu, conversando sobre a vida, o universo e tudo mais.
Tudo se resolve com risadas de um bebê que descobre o mundo e a pensar como será tornar-se mulher nesse mundo louco, conservador, chato, bonito.
Horas e horas falando ao telefone e dizendo não não vá agora quero honras e promessas lembranças e histórias.
Pássara velha perto demais do ninho. Amanhã é domingo, tchau pro baixo astral porque Porto Alegre está atrás da neblina.
Preservar a certeza de que somos melhores que os outros, que fomos melhor criados que os outros. Deve ser bem louco ter essa certeza, jamais vai colocar em questão se esse é o não o melhor caminho. Tanta segurança assusta. Imagina só que louco nunca ter dúvida. Nunca!
Psicanálise explicaria o papel dos dogmas e do conservadorismo: evita a dispersão das perspectivas e o questionamento. Segurança de que seu caminho e sua decisão estão sempre certos e errados são os outros.
Nossa, imagina que louco nunca ter dúvida?
Tudo se resolve com risadas de um bebê que descobre o mundo e a pensar como será tornar-se mulher nesse mundo louco, conservador, chato, bonito.
Horas e horas falando ao telefone e dizendo não não vá agora quero honras e promessas lembranças e histórias.
Pássara velha perto demais do ninho. Amanhã é domingo, tchau pro baixo astral porque Porto Alegre está atrás da neblina.
Preservar a certeza de que somos melhores que os outros, que fomos melhor criados que os outros. Deve ser bem louco ter essa certeza, jamais vai colocar em questão se esse é o não o melhor caminho. Tanta segurança assusta. Imagina só que louco nunca ter dúvida. Nunca!
Psicanálise explicaria o papel dos dogmas e do conservadorismo: evita a dispersão das perspectivas e o questionamento. Segurança de que seu caminho e sua decisão estão sempre certos e errados são os outros.
Nossa, imagina que louco nunca ter dúvida?
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