quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Campinas, pessoas e lugares



Um lugar em Campinas: Cemitério da Saudade. Empolgação, tristeza e medo de baratas. O lugar é M A R A V I L H O S O. Arte, história, memória e, claro, saudade.



Duas pessoas em Campinas.

1) A senhora Silvana. Senta ao seu lado no ônibus, mostra as fotos dos filhos Djhondder e Charles Willi (ou algo assim). O mais velho está se profissionalizando como modelo. O mais novo passou de fase na Olimpíada de Matemática. A do meio é ajuizada. Ela já fez curso de camareira e de passar roupa. Em breve, fará o curso de corte e costura, pois seu sonho é trabalhar com moda e estilismo. Oferece seus serviços de faxina, cozinha e cuidado da roupa por R$ 60,00 o dia. "Fique com meu telefone, eu lavo suas roupinha quando você precisar e limpo sua casa". Claro, vou indicar para quem precisar. Desceu no ponto da Francisco Glicério.

2) Não existe lugar mais tranquilo para ler "O charme da ciência e a sedução da objetividade", de Stella Bresciani, do que o último banco da Igreja do Carmo. E se aproxima a senhorinha com uma camisa puída, cor-de-rosa, com um belo broche azul petróleo onde falta um botão. E comenta que a missa vai começar logo, em breve a Igreja vai ficar cheinha. Por isso ela chega cedo, para poder sentar durante a missa. E toca o sino. São 13 badaladas. A missa é só às 15h. A senhorinha me deseja felicidades e me acha parecida com a Natália Dill (é assim que escreve?), a Santinha da novela que já acabou. Isso foi engraçado e doloroso. Que lindo interior, o da senhorinha. Grande a distância da comparação.



Campinas resolveu mostrar-se bela, depois de eu tanto dizer que não a tenho apreciado. Graças às pessoas e seus belos interiores. As vivas e as mortas.