Quando se aproxima o feriado mais detestável de todos, a tendência do mundo em ficar cinza se exacerba, assim como a minha de ficar casmurra.
Tudo não só parece, como ESTÁ, sem sentido. Só a certeza de que todos nós estamos, com certeza, sozinhos.
E Stendhal escrevia, que coincidência, em 1822:
"Escrevemos ao acaso, cada um afirmando o que lhe parece verdadeiro, e cada um desmentindo o vizinho, em momentos diferentes. Vejo igualmente nossos livros ocmo bilhetes de loteria; não têm na verdade nenhum valor. A posteridade, ao olvidar uns e reimprimir outros, vai declarar quais os bilhetes ganhadores."
Isso está em STENDHAL. Pensées et réflexions. Org. Henri Martineau. Paris: Plon, 1975.
Mas eu li em SALIBA, E.T. As utopias românticas. 2a ed. São Paulo: Estação Liberdade, 2002. O livro estava na biblioteca da FE desde 2006 e, ao que tudo indica, ninguém o havia tocado até agora.