domingo, 26 de abril de 2009

Bauman, Heller e ... GESSINGER!!!

Heller, todo mundo sabe que eu te amo faz tempo.

Mas o Bauman é o novo amor. I love you xuxu, você me deu o conceito que eu precisava!!

MAS SÓ GESSINGER poetizou o que eu pensava.


Vícios de Linguagem
Engenheiros do Hawaii

Composição: Humberto Gessinger

Tudo se resume a uma briga de torcidas
E a gente ali no meio, no meio das bandeiras
O jogo não importa, ninguém tá assistindo
E a gente ali no meio, no meio da cegueira
Tudo se reduz a um campo de batalha
E a gente ali no meio
Tudo se resume a disputa entre partidos
Lama na imprensa, sangue nas bandeiras
A verdade passa ao largo, como se não existisse
E a gente ali no meio, como se não existisse
Tudo se reduz, a uma cruz e uma espada

Tchê, de que lado tu estás?
Ninguém pode agradar os dois lados
Hey, it's time to make a choice
We all want to hear your voice (it's true)
Faça a sua aposta, tome a sua decisão

Tudo se produz na mesma linha de montagem
Apogeu e decadência na mais nobre linhagem

Votos de silêncio... vícios de linguagem
Nada traduz
Hey, don't you know that you are
In the middle of a war (yes, you are)
Tchê, de que lado tu estás?
Ninguém pode ficar no meio do tiroteio
Now it's time to say whose side you're on
Tudo se resume, se presume, se reduz
E o principal fica fora do resumo

sábado, 25 de abril de 2009

Atrasados

Sim, muita coisa atrasada para contar. Percebi que, ao comentar os blogs (ou globs, como eu insisto em escrever), eu estava sendo tão, tão egocêntrica (mais do que o normal, já sou por natureza) e argghhhhh esses parênteses que não me deixam em paz.

Então vamos lá.

Domingo de Ramos passou faz tempo. Páscoa também. Mas a procissão, seja em Campinas, seja em PG, é, foi e será eternamente a mesma. Eita coisa que nunca muda. Ela saiu bem de frente ao meu prédio, não tinha desculpa para não ir. Estavam distribuindo ramos de palmeira. Ah, o Greenpeace por lá. Então eu tinha a hora, o lugar e o ramo. E queria rezar. A procissão começou. Lá na frente, os beatos, os líderes (só homens, estranho) carregando as cruzes com faixas vermelhas e (mais) ramos enfeitando.Um pouco atrás, uma mulher jovem puxava os cantos. E logo começaram os pai-nossos e ave-marias. Eu gosto disso. A reza monótona e o som dos passos no asfalto molhado da chuva que caiu na madrugada. E os inevitáveis cochichos: "você viu se ela veio?". "Vi, ela tá aqui, acabou de passar por nós, você não viu?". "Será que o padre vai bzzbzzbzz". A puxadora, irritada, joga com voz esganiçada uma Ave-Maria para o fundo da procissão. "Ooooooooooi!, tudo bom??". "Acordou cedo hoje, hein?". Aí já não deu mais pra rezar. Só pedir pra essa insônia passar, senão vou ter de sair da comunidade "Eu odeio acordar cedo".

---- xx ----

Era uma vez um jovem aprendiz. Ele foi até a base da montanha ouvir os sábios. Ouviu, ouviu, ouviu. Leu tudo o que mandaram que lesse e tentou aprender. Depois o enviaram para o vale, onde ele deveria acender uma fogueira e juntar as crianças da aldeia, em nome dos sábios da base da montanha. Havia um dos sábios que ele admirou mais que os outros. Era o mais fascinante, o mais desafiador.

Ele ficou feliz e foi. Mas cada olhar dos seus pequenos aprendizes lhe dizia que ele sabia pouco. Então voltou e procurou o sábio mais sábio de todos, o que ele mais admirava. E juntos eles subiram a montanha. O aprendiz ouviu, ouviu, ouviu. Leu, leu, leu e escreveu também suas próprias marcas e foi enviado para a base da montanha. Lá ele deveria acender uma fogueira e ensinar outros.

Mas ele continuava insatisfeito. Voltou para o sábio mais sábio, que disse: não procure mais. Apenas caminhe.

E ele caminhou. Atravessou vales, florestas e pântanos. Chorou. Em cada aldeia, acendia uma fogueira e ensinava o pouco que sabia. Aprendia com as perguntas dos jovens e sua inquietação aumentava.

Um dia, ao escalar uma montanha, encontrou um grande acampamento. Lá, num canto, uma senhora ensinava, exatamente do jeito que ele sempre sonhou (e tentou!) ensinar. Ele pediu licença e permitiram que sentasse com os demais, alguns, bem mais velhos que ele. Ouviu, ouviu, ouviu e inebriou-se. A senhora ofereceu uma poesia e todos em troca ofereceram seus pensamentos. Ela sorriu e valorizou as expressões, sem deixar de fornecer a sua própria e as de outros sábios que ela conhecia.

E ele resolveu ficar por ali um pouco, para aprender com ela.

O caminho não tem fim.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Propaganda de escola em Campinas

Ouvi no rádio esses dias.

[A propaganda começava com um canto de ninar, a voz do locutor sonolenta:]

- O que você prefere: um professor cuja aula dá um sooooooooono danado...

[Aí entra um rock animadão e o locutor parece anunciar uma festa]

- OU UM PROFESSOR QUE DÁ UM VERDADEIRO SHOW??!!!

[gritos de pessoas como se estivessem vendo seu ídolo no palco]

Venha pro cursinho X... etc.

Nem uma coisa nem outra... às vezes eu acho que eu quero entrar para o grupo dos que desejam abolir de vez a escola. Dava menos prejuízo financeiro e menos estrago intelectual também.

Radicalizei ... a tpm me absolve, rsrs